quinta-feira, 26 de abril de 2012

Capitulo 5 - Afinação das Mudanças Traseiras

Bom dia,

Apesar de não ter sido eu a fazer este tutorial, sendo os créditos todos para a "PATOCYCLES" deixo aqui um vídeo que julgo ser a solução para muitos problemas com desviadores, e mudanças traseiras.
A partir daqui em caso de desafinação, podem experimentar em vossa casa e fazer os ajustes que achar mais convenientes.Fica o vídeo.

 

Espero que vos seja útil e boas pedaladas.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Capitulo 4 - Funcionamento e comutação de mudanças

Boas tardes, desta vez trago-vos um capitulo que acho importante qualquer pessoa conhecer, e que tem a ver com o funcionamento correcto das mudanças numa bicicleta de BTT.

Comutação de velocidades
Existem diferentes tipos e estilos de manípulos de mudanças: manetes, punhos rotativos, gatilhos, combinação de manete de travão/manípulo de mudança e botões de pressão.
Solicite ao seu vendedor uma explicação sobre o tipo de manípulo de mudanças instalado na sua bicicleta e peça-lhe que mostre como funciona.
Manete travão/manipulo mudança

O vocabulário usado no equipamento de velocidades pode ser bastante confuso. Uma mudança abaixo é uma alteração de relação, para uma mudança mais baixa, ou lenta, mais fácil de pedalar. Uma mudança acima é uma alteração de velocidade para uma mudança mais elevada ou rápida, mais difícil de pedalar. Este conceito pode tornar-se mais confuso porque o que acontece no desviador dianteiro é o oposto ao do traseiro.
Punhos Rotativos (grip-shift)

Por exemplo, numa subida, é possível seleccionar a mudança que fará a pedalada ficar mais fácil (colocar uma mudança abaixo) através de duas maneiras: comute a corrente para um prato mais pequeno à frente ou comute a corrente para um carreto maior atrás.
 A forma mais fácil de nos lembrarmos não é relacionando com o tamanho dos pratos ou carretos, é através da linha de direcção da corrente. Quando a corrente se aproxima do quadro, estamos a colocar uma mudança mais baixa, mais leve, para subir. Quando a corrente se afasta do quadro, estamos a colocar uma mudança mais alta, para descer ou ganhar velocidade.
Tanto na mudança acima como na mudança abaixo, o desenho do sistema de desviador da bicicleta requer que a corrente de transmissão esteja a mover-se para a frente e que esteja, pelo menos, sob alguma tensão. Um desviador apenas comutará se estiver a pedalar para a frente.
Manetes tipo Triggers (gatilhos)

CUIDADO: nunca accione uma manete de mudança se estiver a pedalar para trás. Nunca pedale para trás imediatamente depois de accionar uma manete de mudanças. Isso poderá danificar a corrente e causar danos graves na bicicleta.

Comutar o Desviador Traseiro
O desviador traseiro é controlado pelo manípulo da direita.
A função do desviador traseiro é comutar a corrente de transmissão de um carreto de mudança para outro. O carreto mais pequeno produz relações de velocidade mais elevadas. Pedalar nas mudanças mais elevadas requer mais esforço na pedalada mas induz uma distância maior a cada e revolução do pedaleiro. O carreto maior produz relações de velocidade mais baixas. Usando-as, requer menos esforço de pedalada mas induz uma distância menor em cada revolução do pedaleiro. O movimento da corrente de um carreto mais pequeno para um carreto maior, resulta numa mudança abaixo. O movimento da corrente de um carreto maior para um mais pequeno resulta numa mudança acima. Para que o desviador mova a corrente de um carreto para o outro, é necessário que se esteja a pedalar para a frente.

Comutar o Desviador Dianteiro
O desviador dianteiro é controlado pelo manípulo esquerdo. Comuta a corrente entre o prato maior e o menor. Comutar a corrente para um prato mais pequeno torna a pedalada mais fácil (mudança abaixo). Comutar para um prato maior torna a pedalada mais difícil (mudança acima).

Que mudança se deve usar?
Para as subidas, combinam-se as maiores relações traseiras com as menores dianteiras. Para grandes velocidades combinam-se as mais pequenas traseiras com as maiores dianteiras. Não é necessário comutar as velocidades em sequência. Em vez disso, procure saber qual a melhor relação para o seu nível – uma engrenagem pesada o suficiente para uma aceleração rápida mas fácil o suficiente, para permitir começar sem balançar – e experimente colocar mudanças acima e abaixo, para sentir a diferença entre os andamentos. De início, pratique a comutação de velocidades onde não existam obstáculos, perigos ou qualquer tráfego, até que tenha desenvolvido confiança e prática suficientes. Aprenda a antecipar a necessidade de comutar de velocidade e comute para relações mais baixas antes que a subida se torne demasiado íngreme.

(retirado do manual do utilizador da bicicleta Specialized)


NOTA:
Muito importante, surge a forma como se colocam as mudanças, no qual o utilizador, não deve cruzar as mudanças.
O que eu quero dizer com isto, é que o utilizador, não deve cometer o erro de utilizar as mudanças todas, e em todas as relações, pois com isso está a desgastar o material, quer sejam desviadores, corrente, pratos da pedaleira, e cassete.
Ou seja, como se mostra nas imagens a corrente nunca deverá por exemplo, ir no prato pequeno à frente, e atrás também na cremalheira mais pequena atrás (aliás...hoje em dia, com os novos sistemas que utilizam 2 pratos na pedaleira e cassetes de 10 mudanças, já se torna possível utilizar todas as combinações de mudanças), ou no prato grande à frente e no prato grande atrás, pois isso além de fazer muito barulho (o problema de se ouvir a corrente a raspar nos desviadores), surge como um mau uso da transmissão, podendo deteriorar todo o conjunto.

Fico à espera de comentários vossos ou algum tipo de sugestão.
Boas pedaladas.