sexta-feira, 18 de julho de 2014

Capitulo 17 - Qual o melhor material? Alumínio ou Carbono

Boa noite, hoje venho por aqui tentar falar um pouco sobre os vários materiais que podem ter em conta na qualidade da construção dos vossos quadros da bicicleta.

Em relação aos tipos de materiais que me proponho aqui dar a conhecer, apesar de já existirem bastante informação sobre a matéria, mais alguma informação nunca é demais.

Se anda á procura no mercado por uma nova bicicleta, saiba que terá de enfrentar algumas questões.
Uma dessas decisões tem a ver com o facto de que tipo de quadro comprar.
Então, o que existe hoje em dia no mercado, são materiais tais como o Aço, Alumínio, Titânio ou Carbono....e agora?


Quadro de Carbono


Sem dúvida alguma poderei apontar que um quadro de carbono iria ser a escolha, mas será mesmo?
E porquê?

Então quais são as diferenças entre quadros de fibra de carbono ou quadros de alumínio?
Esta é uma questão um pouco contraditória e também pessoal, mas passando ás evidências:

Peso:
Nunca poderemos dizer o contrário, pois o carbono é sem dúvida alguma o material mais leve
entre os dois.
Mas temos que ter em conta o tipo de material utilizado e nas fibras de carbono e entrançamento das fibras que compõem o quadro de carbono.
Quadros de carbono são facilmente moldáveis e é possível vários tipos de formatos de quadros e devido a isso é mais fácil baixar ainda mais o peso num quadro de carbono do que a um quadro de alumínio.
Mas casos são casos, pois como mencionado acima, existem quadros muito bons de carbono, mas também
existem quadros de carbono muito maus, e vice-versa.
Da mesma forma que existem esses dois casos no carbono, existem também esses casos no alumínio.
Hoje em dia é possível ter quadros de alumínio quase tão, ou mais leves que os de carbono, mas tal como foi dito acima, tudo varia com o tipo de carbono que é utilizado.
Em jeito de conclusão, a questão do peso varia muito, em relação ao preço do material.
Quadros de carbono e alumínio caros possuem qualidades superiores em termos de leveza de material,
e construção mais cuidada, enquanto que ao contrário, o peso pode não ser a questão mais importante.


Quadro de Alumínio

Conforto:
Regra geral, quadros de alumínio são quadros mais rígidos e menos confortáveis do que os de carbono.
A razão é o facto de que o alumínio possui características que o tornam mais rígido, e que transferem mais vibrações directamente para o ciclista. Pelo contrário o Carbono possui características, e através da sua construção que tornam este material mais absorvente ás vibrações, o que o tornam um material mais confortável.



Resistência:
Até há uns anos atrás afirmava-se que os quadros de carbono se encontravam mais susceptíveis a problemas, como quebras, e que não poderiam ser reparadas.
Hoje em dia já não é assim, pois já se encontram no mercado empresas que fazem o restauro de fibra de carbono e que efectuam essas reparações com bastante qualidade, quer do carbono, quer da finalização e acabamento (pintura, lettering...etc).
Estas reparações acabam por ser quase invisíveis, mas um pouco mais pesadas do que o quadro original,
mas nada de mais.
A resistência de um quadro de carbono é questionável, pois tudo depende da queda, ou do embate do quadro, e mesmo da zona do embate.


Reparação de Carbono

Fica um pequeno vídeo de testes feitos entre quadros de alumínio e de carbono:

 


Preço:
Em termos de comparação, se formos comparar uma bicicleta com os mesmo componentes e mudando apenas o tipo de quadro, podemos ver que o preço de uma bicicleta com com quadro de carbono  é mais cara do que uma com quadro de alumino, mas hoje em dia e tal como referi acima, a qualidade dos materiais, é hoje em dia questionável, pois há já quadros de alumínio tão ou mais leves do que os quadros de carbono.
Mas regra geral, qualquer bicicleta com quadro de alumínio torna-se mais barata do que uma de carbono.

Em termos gerais, temos que:

As bicicletas de alumino são mais pesadas em relação ás bicicletas de carbono.
Quadros de Carbono são mais caros do que quadros de alumínio.
Quadros de Carbono são tão, ou mais resistentes que quadros de alumínio.
Quadros de carbono são mais confortáveis do que quadros de alumínio.
Quadros de Carbono são facilmente reparáveis e não se notam as reparações ao contrário das de alumínio.

Ao ir comprar um quadro, ou uma bicicleta, tenha sempre em conta qual o tipo de ciclista que é,
ou pretende ser, e compre sempre material adequado á sua evolução, e ao tipo de utilização que
pretende fazer da mesma.

Espero ter sido mais ou menos explicito nesta explicação, e até á próxima em mais um novo capitulo.

domingo, 6 de abril de 2014

Capitulo 16 - Sabes o que é o BCD?!

Boas noites,

Assim como quem não quer a coisa, hoje precisei de ver na net alguns pratos para a pedaleira, pois estou a precisar de substituir a transmissão da bike.

Na escolha, encontrei vários pratos com diversas furações, e com uma nomenclatura estranha...BCD...sabes o que é? Sabes para que serve? Pois...eu também não sabia, e pondo-se a questão, resolvi ir pesquisar, para ver o que me aparecia.

Então e com a ajuda de vários sites, descobri o que é o BCD... Passando á explicação:

O BCD (Bolt Circle Diameter) ,ou Diâmetro do Circulo da Furação, e tal como o nome indica, é a medida entre circulos da furação, e que tem directamente a ver com o modelo de cranque que usamos na nossa bike.

Então por exemplo, no caso das bikes de BTT, na marca SHIMANO, no passado o padrão era 110mm (BCD) com 5 furos, e hoje a Shimano adotou a furação de 104mm (BCD) com 4 furos.

Entre esta marca existem muitas outras e tais como a SHIMANO que os fabricantes de componentes para bicicletas procuram ter sempre um padrão só seu, pois assim eles garantem uma boa participação no mercado.

Voltando á questão do BCD, este é medido pelo centro entre as furações opostas (no caso de ser de 4 furos). se for de 5 furos, aí já terá de ser efectuada também a medida entre o centro das furações, mas entre cada uma.

Então temos de verificar sempre estes tamanhos para podermos comprar algum prato novo para a nossa pedaleira.
Em caso geral, o valor do BCD vem quase sempre pintado no prato, ou gravado no prato em si, para uma melhor visualização.
Caso não esteja presente, têm de ser efectuadas estas medições. Com base nas medições temos presente o seguinte quadro que traduz as dimensões correctas para os pratos que adquirir.





4 Bolt Chainrings

BCD       Distance (mm)
88mm          62.2mm
102mm      72.1mm
104mm      73.6mm
120m         84.9mm

5 Bolt Chainrings

BCD       Distance (mm)
110mm       64.7mm
130mm      76.4mm






Tendo isto, espero ter ajudado a resolver mais alguma dúvida que possa surgir.
Continuação de boas reparações.

* Fontes:


sábado, 29 de junho de 2013

Capitulo 15 - Sangrar travões de disco

Bom dia, desta vez venho apresentar-vos a forma de sangrar os vossos travões de disco, através de dois videos que considero bastante elucidativos, e bem explicados.

Avid Elixir Disc Brake Bleed Procedure


Shimano Brake Bleed Procedure


Espero que estes pequenos videos vos tenham dado uma ideia de como fazerem a mudança do óleo dos travões das vossas bicicleta.

Até á próxima e boas reparações!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Capitulo 14 - Tirar folga de rodas XT

Vou tentar dar uma ajuda no que diz respeito a tirar folgas das rodas. Neste caso vou apresentar as rodas  shimano XT para exemplificar.

1º - Chaves que nos vão ajudar neste trabalho.

2º - Verificar o estado de folga no cubo da roda.

3º - Retirar o aperto rápido.

4º - Com a ajuda do saca cassetes e da corrente que segura a cassete, remover a cassete.

5º - Remover a cassete.

6º - Com o saca cassetes retirar o disco (visto ser centerlock).

7º - Segurar com a chave sextavada, e apertar com a chave de cone.

8º - Voltar a montar o disco e a cassete e montar a roda no quadro e verificar que está em condições.

Bem, ficou aqui um pequeno tutorial para vos ajudar na manutenção da vossa bicicleta.
Apesar de ter sido com uma base simples de imagens, penso que o mais importante ficou descrito.
Até á proxima e boa manutenção.

domingo, 31 de março de 2013

Capitulo 13 - Como mudar o centro pedaleiro

Boas tardes,

Venho mais uma vez tentar ajudar na realização de alguma manutenção caseira das vossas bicicletas.
Então desta forma, vou utilizar um video para demonstrar como podem remover o centro pedaleiro antigo por um novo.


Em todo o caso, e para quem não percebe muito de inglês, faço uma pequena descrição.



  • Os rolamentos / centro pedaleiro, deverá ser mudado pelo menos uma vez por ano, ou em caso de andar na competição, mais de uma vez por ano.
  • Existem varios tipos e tamanhos de caixas de direcção, que deverão ser adquiridas, tendo em conta a marca da pedaleira que possui. (claro que existem outras marcas que são adaptáveis a essas mesmas marcas, mas pelo fornecedor do produto, aconselha-se sempre o uso da própria marca).
  • Os tamanhos mais comuns para centros pedaleiros são:
    • 68mm
    • 73mm
    • 86mm
  1. Então para começar a desmontar utilizamos uma chave própria para centros pedaleiros.
  2. Para desapertar, começamos por remover primeiro do lado onde não está a pedaleira.
  3. Roda-se no sentido anti-horário dos ponteiros do relógio, até desapertar, e depois pode remover-se á mão o resto.
  4. Do lado da pedaleira, é feita a mesma operação, mas desta vez, rodamos a chave no sentido horário dos ponteiros do relógio.
  5. Depois deste passo e depois da remoção do centro pedaleiro, damos uma limpeza na caixa onde iremos colocar o novo centro pedaleiro, de modo a que seja retirado restos  de impurezas e areias.
  6. Depois vem um passo importante:
    • Temos de fazer a medição do quadro, de modo a obtermos as dimensões para a colocação das anilhas de plástico que vêm com o novo centro pedaleiro.
    • Então para o tamanho da caixa do quadro onde irá ficar o novo centro pedaleiro com as dimensões:
      • 73mm - não é necessário aplicação das anilhas.
      • 68mm - é necessária a utilização de uma anilha de cada lado dos rolamentos.( em relação a esta dimensão temos de ter em conta o tipo de desviador da frente que temos na bicicleta.Se for desviador de prender no tubo do selim, temos de adicionar mais uma anilha de plástico do lado da pedaleira.No caso de não ser desses desviadores, não há necessidade de colocar a segunda anilha.)
  7. Para colocar o novo centro pedaleiro fazer da forma inversa á forma como foi retirado o antigo.

No caso deste tipo de centros pedaleiros, o modo de funcionamento é o mesmo, mas trata-se de um sistema de rolamentos integrados, que são muito complicados de abrir. É um centro pedaleiro mais antigo, mas que continua a existir.
A forma de retirar e colocar é igual ao do outro tipo, mas neste caso, ele aperta de um lado, enquanto que o outro lado serve de uma contra porca que vai segurar, e fazer pressão do centro com o quadro.

Espero ter sido útil em mais um tutorial.
Bons arranjos!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Capitulo 12 - Mudar uma câmara de ar

Boas tardes,

Desta vez venho com um assunto que todos já deveriam saber, em relação ás trocas de câmaras de ar, quando se deparam com um furo.
Deixo então uma pequena introdução ás câmaras de ar:


 Existem vários tipos de câmaras-de-ar e, por isso, é importante que adquira sempre câmaras-de-ar adequadas à sua bicicleta e à sua utilização. Se for apenas uma utilização ocasional e de lazer, não deverá estar muito preocupado, mas convém considerar a durabilidade e protecção contra furos. Se for para uma utilização competitiva de estrada o peso já será um factor importante, podendo até sobrepor-se à resistência contra furos. Se pretende fazer Downhill, então a prioridade máxima é a resistência aos furos.


Escolher o tamanho da câmara-de-ar
É imperativo que substitua a sua câmara-de-ar por outra que seja do mesmo tamanho de acordo com o diâmetro e largura do pneu. O tamanho, regra geral, está escrito na parte lateral do pneu para facilidade de referência. As câmaras-de-ar estarão tipicamente referenciadas por diâmetro e largura da roda, por exemplo 26x1.95-2.125”, indicará uma câmara-de-ar para um penu roda 26 com uma largura compreendida entre 1.95 e 2.125 polegadas. Outro exemplo será o das rodas de estrada com as medidas 700x18-23c, onde o 700 é o diâmetro da roda, com uma largura compreendida entre os 18 e os 23 milímetros.


Butyl ou Latex?
A borracha Butyl é o standard no que toca a câmaras-de-ar de substituição, oferecendo um produto barato e disponível na necessidade de troca. Contudo existem também câmaras mais caras, feitas em látex.
Uma câmara-de-ar em látex oferece uma manobrabilidade ligeiramente superior, uma vez que é mais flexível do que as opções em Butyl, permitindo que se adaptem melhor aos pneus, moldando a sua forma nas curvas ou com impactos. Tendo uma parede exterior mais fina são também mais leves.
Apesar destas vantagens é importante saber que também há algumas desvantagens. O látex pode reagir mal com alguns óleos ou lubrificantes, o que exige algum cuidado. Para além disso são mais permeáveis, o que quer dizer que perdem ar mais facilmente que as câmaras de Butyl, e, consequentemente, tem de ser enchidas de uma forma mais regular.



Tipos de válvulas
Schraeder – São similares às válvulas utilizadas nos pneus dos automóveis e tendem a ser usadas em pneus de baixa pressão, como os pneus de montanha e de criança.
Presta – São encontradas em câmaras-de-ar de alta pressão, como por exemplo em bicicletas de estrada.
Quando comprar câmaras-de-ar, é importante perceber qual o tipo mais adequado para si uma vez que a jante é perfurada de forma a ficar ajustada a um determinado tipo de válvula. Dessa forma uma jante feita para uma válvula “presta” não pode acomodar uma válvula “Schraeder” apesar do contrário ser possível.
Mas podemos também alterar o tipo de válvula, através de um adaptador como o da imagem, que permite transformar a válvula presta, em schraeder, que é o tipo de válvulas mais comuns.


Comprimento da válvula
 As câmaras “presta” podem ter vários comprimentos dependendo da profundidade da jante. Assegure-se sempre que as válvulas das câmaras-de-ar que compra têm sempre o comprimento necessário para que seja possível encaixar a bomba de ar depois de estarem introduzidas. Existem extensões de válvulas que podem ser adquiridos e que podem ser benéficas de ter em situações de emergência na eventualidade de não ter uma câmara suplente e ter de pedir uma a um companheiro.


Câmara-de-ar com liquido selante
De modo a utilizarmos a bicicleta de uma boa forma de evitarmos os furos constantes temos sempre a possibilidade de adquirirmos um tipo de câmara-de-ar que já possui liquido selante no seu interior.
Então o que este liquido vai permitir, é que o ar saia do interior da camara, utilizando particulas que o constituem.
Deste modo podemos evitar com mais frequência os furos, e a posterior troca por uma nova câmara-de-ar.




 

 

 

 

Troca de Câmara-de-ar

 


Espero que este meu novo post o tenha ajudado a tirar mais algumas dúvidas em como fazer a manutenção da sua bicicleta, e até um próximo capitulo.

Cumprimentos e Boas pedaladas.



Fontes* 
http://www.movefree.pt/pt/articles/camara-de-ar410/camara-de-ar
http://www.euvoudebike.com/2010/08/como-trocar-o-pneu-furado-da-bicicleta/


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Capitulo 11 - Ajustar as pinças dos travões de disco

Neste capitulo, quero dar-vos uma ajuda através de mais um vídeo que explica com detalhe, como efectuar, ou retirar aquele barulho chato que muitos dos travões de disco fazem quando as pastilhas tocam no disco.
então fica o seguinte vídeo:


Espero que tenha sido útil mais uma vez e que consiga acabar com esses barulhos da sua bicicleta.

Cumprimentos e boas pedaladas.